O homem que prestou socorro ao menino Gabriel Silva da Conceição Júnior, morto após ter sido baleado no rosto em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, deve prestar depoimento, nesta quarta-feira (26), na 34ª delegacia em Portão. Os pais e tios de Gabriel foram ouvidos, além dos três policiais militares que estavam de serviço no dia da morte.
Serão ouvidos, também, os profissionais que atenderam Gabriel no hospital, inclusive o médico legista que atestou o óbito.
A família e testemunhas afirmam que os tiros foram disparados por policiais que chegaram atirando na comunidade. Em depoimento, os policiais alegam que estavam em perseguição e teria havido troca de tiros com um suspeito.
Uma testemunha, que prefere não se identificar, contesta a versão dos policiais.
“Eu vi a situação, a PM chegando e o garoto estava sentado ali. Não teve confronto com ninguém. Eles já chegaram atirando e não deram socorro. Eu vi de dentro de casa, tranquei tudo porque a situação estava feia”, comentou.
A mãe do garoto, Samile Costa, diz que Gabriel estava sentado na calçada, na frente de casa, por volta das 16h, quando equipes da 52ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) chegaram na localidade, em uma viatura, e dispararam sem alvo específico. A mãe da criança reforça que não houve troca de tiros na região.
“Foi a polícia que entrou atirando e quero justiça, que eles percam a farda. Tiraram um pedaço de mim, o meu sonho, a minha vontade de viver. Eles tiraram todo o prazer da minha vida”, disse a mãe do garoto.
A Polícia Militar alega que uma equipe da 52ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) fazia patrulhamento na localidade quando encontrou um homem em “atitude suspeita”.
Segundo a PM, o homem e comparsas atiraram na direção dos policiais, que revidaram com o apoio de equipes da Companhia Independente de Policiamento Tático (CIPT) das Rondas Especiais (Rondesp) da Região Metropolitana de Salvador (RMS).
Fonte G1 Bahia
