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Mais de 430 mil pessoas são afetadas pela chuva na Bahia

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Foto: Aleilton Oliveira/Prefeitura de Ubaitaba

Mais de 430 mil pessoas foram afetadas pela forte chuva que atinge a Bahia, segundo informações da Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec), divulgadas no início deste domingo (26). O número de desabrigados e desalojados também subiu.

De acordo com a Sudec, o estado tem 16.001 desabrigados pelas chuvas, 19.580 desalojados, dois desaparecidos e 18 mortos. A divulgação dos números ocorreu durante reunião de monitoramento e alinhamento, realizada na base de apoio às vítimas das chuvas, montada em Ilhéus, no sul do estado.

O ministro da Cidadania, João Roma, contou que o Ministério da Saúde vai enviar mais de 90 médicos para a Bahia na segunda-feira (27).

“São ações que agregam Ministério do Desenvovlvimento, através da Defesa Civil, da Cidadania, Ministério da Saúde, que está enviando mais de 90 médicos amanhã para a Bahia. O Ministério da Defesa, com utilização do Exército, Marinha e Aeronáutica, que têm ajudado não só na logística, como nos equipamentos”, disse João Roma.

O órgão também informou que o número de feridos (286) não foi alterado, em relação ao boletim anterior, por falta de informações atualizadas. A população total afetada é estimada em 430.869 pessoas.

Participaram da reunião o governador Rui Costa, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Adson Marchesini, o superintendente da Defesa Civil do Estado, coronel Carlos Miguel de Almeida filho, e outras autoridades e representantes dos órgãos de apoio e socorro às cidades afetadas.

A Bahia tem, neste momento, 72 municípios em situação de emergência reconhecida. Até sábado (25), 25 cidades faziam parte da lista, mas neste domingo, o governador Rui Costa reconheceu outras 47 nesta condição. Do total, 58 delas estão também em situação de crise por causa das enchentes.

(Com informações do G1)

Saiba como ajudar moradores das cidades afetadas pelas chuvas na Bahia

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Foto: Divulgação

Prefeituras de diversas cidades criaram campanhas de arrecadação para ajudar as famílias atingidas pelas chuvas na Bahia. Entre elas estão Itabuna, Mutuípe, Jequié e Itambé.

Em Itabuna, no sul do estado, as doações podem ser feitas através de transferência bancária. O valor arrecadado será destinado para famílias atingidas pelos temporais no município.

Já o Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA) está arrecadando donativos para as vítimas das chuvas em todo o estado. As doações serão recolhidas em todos os quartéis.

A cidade de Mutuípe, no Vale do Jiquiriçá, também foi afetada pelas chuvas. Mais de 90 pessoas ficaram desalojadas após as casas delas ficarem alagadas, segundo informações da prefeitura do município.

Por causa disso, a prefeitura criou uma campanha para arrecadar roupas, colchões, cobertores e alimentos. As doações poderão ser realizadas na escola Lídio Santos.

No município de Jequié, no sudoeste da Bahia, muitas famílias ficaram desabrigadas após as fortes chuvas. A informação foi divulgada pela prefeitura da cidade, através da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil, nas redes sociais.

As pessoas que querem ajudar com doações de roupas, colchões, cobertores, materiais de limpeza e higiene, água mineral e alimentos não perecíveis, podem se dirigir à Casa da Cultura Pacífico Ribeiro, na Rua Jerônimo Sodré, Centro, em frente ao Jequié Tênis Clube. De acordo com a prefeitura, um grupo de servidores está recebendo as doações neste local.

A Prefeitura de Itambé, cidade que fica no sudoeste da Bahia, e foi fortemente atingida pela chuva, também divulgou pontos de doações para as vítimas da enchente do rio Verruga.

A Prefeitura de Santa Cruz da Vitória pediu, nas redes sociais, doações de mantimentos, colchões e lençóis.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também tem arrecadado doações para vítimas das fortes chuvas no extremo sul do estado. Alimentos não perecíveis, água mineral e produtos de higiene e limpeza devem ser entregues na sede do órgão a partir desta segunda-feira (27).

(Com informações do G1)

Operação Natalina já notificou 30 empresas em Feira de Santana

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Foto: Ney Silva/Prefeitura de Feira

A Superintendência Municipal de Defesa do Consumidor (Procon) deu início à Operação Natalina há uma semana em toda área comercial de Feira de Santana. Nesse período, dos 173 estabelecimentos fiscalizados 30 deles foram notificados. Nesta segunda-feira, 13, a equipe de fiscalização do órgão municipal esteve no Boulevard Shopping.

O superintendente do Procon, Maurício Carvalho, explica que são aplicadas  notificações quando as empresas deixam de cumprir o que estabelece o Código de Defesa do Consumidor (CDC).

“O preço do produto tem que estar visível ao consumidor, assim como ele tem que ter noção exata de qual forma de pagamento está sendo processada”, explicou.

O superintendente do Procon ainda informa que durante as fiscalizações é observado se o estabelecimento dispõe de um exemplar do CDC. 

“Após a empresa ser notificada é concedido prazo de cinco dias para as adequações. Caso seja reincidente lavra-se um auto de infração”, afirma. 

Maurício Carvalho salienta que as empresas precisam ter atenção às ofertas para que ocorram no momento da relação de consumo. 

“Não podemos admitir que um consumidor seja atraído por uma promoção fictícia, que o atraia ao estabelecimento e, ao chegar, seja levado a outra promoção e não aquela que se interessou”, pontua.

Conferência Municipal de Educação abordará políticas públicas para o setor

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Foto: Divulgação/Prefeitura de Feira

Democracia, cidadania, justiça social e interfaces com a escola pública. Estas são as principais temáticas da 3ª edição da Conferência Municipal de Educação, COMUNE, cuja abertura acontece esta terça-feira, 14. O evento será realizado no formato virtual com transmissão pelo canal da Secretaria de Educação no YouTube.

A conferência é realizada pela Secretaria de Educação e pelo Fórum Municipal de Educação, FME. O evento conta com o apoio do Fórum Estadual de Educação da Bahia, da Conferência Nacional de Educação e da Conferência Nacional Popular de Educação.

Durante os três dias de programação, os especialistas convidados e mediadores do FME discutirão os eixos que compõem a Conferência Nacional, que acontecerá em 2022. Os participantes também poderão propor alterações nos documentos que serão apresentados no evento estadual e nacional. 

“O objetivo da COMUNE é mobilizar a comunidade feirense e instituições educacionais para o debate em torno da construção de políticas públicas nacionais para a área. Por essa razão, é muito importante que todos participem”, destaca a secretária de Educação, professora Anaci Paim. 

Abertura evento 

A abertura da COMUNE é nesta terça-feira, às 19h, e contará com a participação da professora Anaci Paim; da professora doutora Amali Mussi, vice-reitora da Universidade Estadual de Feira de Santana, UEFS; e da professora doutora Selma Daltro, da Uneb/Seduc e também presidente do Fórum Municipal de Educação.

Plano de expansão de radioterapia no SUS está próximo de 50% da meta

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Foto: Mateus Pereira/Agecom/GovBA

Agência Brasil – Entre janeiro e agosto de 2021, o Ministério da Saúde entregou 13 novos equipamentos de radioterapia a hospitais habilitados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), elevando para 49 o total de dispositivos instalados por meio do Plano de Expansão da Radioterapia no SUS.

Criado em 2012 e iniciado em 2013, o plano prevê a instalação de 100 novos equipamentos de teleterapia. O objetivo é ampliar a oferta de um dos principais procedimentos no tratamento do câncer, a radioterapia, “reduzindo os vazios assistenciais e atendendo às demandas regionais de assistência oncológica” na rede pública de saúde.

Segundo o mais recente balanço divulgado sobre a implementação do plano, até o início deste mês, 11 dos 49 equipamentos já instalados ainda dependiam da obtenção da licença de operação para começar a funcionar.

Além disso, havia, em agosto, mais quatro projetos de instalação em fase de execução: Hospital Universitário Santa Terezinha, em Joaçaba (SC); Santa Casa de Caridade, de Bagé (RS); Hospital Universitário Severino Sombra, de Vassouras (RJ) e Hospital Cura D’ars – Sociedade Beneficente São Camilo, em Fortaleza (CE). Só para equipar o Cura D´ars, o Ministério da Saúde anunciou, em agosto do ano passado, que investiria, à época, R$ 8,5 milhões.

Em novembro de 2017, o então ministro da Saúde, Ricardo Barros, chegou a declarar que a expectativa era de que os  100 novos equipamentos  estivessem instalados até o fim de 2019. Embora o total de equipamentos instalados ainda não chegue a 50% do previsto no plano de expansão de 2012, a análise dos balanços divulgados mensalmente revela que, com o andamento de obras paralisadas e a aprovação de projetos, a ampliação da rede vem se acelerando.

Em dezembro de 2018, havia apenas 12 projetos concluídos e 33 em execução. Um ano depois, 21 equipamentos já tinham sido instalados e 17 obras estavam em andamento. Em dezembro de 2020, o total de soluções de radioterapia entregues chegou a 36, e oito projetos estavam sendo executados.

“Temos muito orgulho de apresentar esses dados”, disse nessa quarta-feira (20) a diretora do Departamento de Atenção Especializada e Temática do Ministério da Saúde, Maíra Botelho. “O objetivo é expandir e integrar o tratamento cirurgia-quimio-radioterapia, tudo em um mesmo hospital, para evitar que os usuários tenham que perambular pela rede [de saúde], perdendo tempo de tratamento”, acrescentou Maíra, ao participar de uma cerimônia na qual o Ministério da Saúde apresentou um balanço das ações da pasta na luta contra o câncer de mama.

O evento foi parte das ações do Outubro Rosa, que busca conscientizar a população em geral sobre a importância de as mulheres estarem atentas à importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, uma doença que pode afetar até 66 mil mulheres anualmente e que é a principal causa de morte entre as brasileiras.

Segundo a organização não governamental Oncoguia, apesar de cerca de 60% dos pacientes diagnosticados com algum tipo de câncer se submeterem à radioterapia, a oferta de tratamento sempre foi uma das mais deficitárias do Sistema Único de Saúde. “A garantia de acesso à radioterapia é um dos maiores desafios do país, sobretudo no SUS”, diz a organização em sua página na internet .

Polícia Federal investiga crimes de corrupção contra Petrobras

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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) cumpre hoje (21) dois mandados de busca e apreensão contra suspeitos de crime de corrupção cometido contra a Petrobras. Os mandados da operação Laissez Faire, Laissez Passer foram expedidos pela 13a Vara Federal de Curitiba, no Paraná, e estão sendo cumpridos em Niterói, no Rio de Janeiro.Segundo a PF, o esquema de corrupção ocorreu na antiga diretoria de abastecimento da estatal. As investigações constataram que um empresário usou contratos de prestação de serviços fictícios com a Petrobras para realizar pagamentos ilícitos a uma secretária da diretoria, a um ex-diretor da companhia e a um parlamentar responsável pela indicação do diretor.

A operação tem como base uma colaboração premiada de um empresário investigado. De acordo com a PF, os recursos ilícitos foram usados para custear, por exemplo, obras no apartamento do então diretor e para pagar mensalidades do curso universitário do filho da secretária. Também teriam sido entregues quantias de dinheiro, em espécie, ao gabinete do parlamentar. Os nomes dos investigados não foram revelados.

Seleção enfrenta Uruguai buscando virtual classificação para Copa

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Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Agência Brasil – Seja lá o que acontecer ao final do duelo diante do Uruguai, marcado para as 21h30 (horário de Brasília) desta quinta-feira (14), o Brasil não estará classificado à Copa do Mundo de 2022 (Catar). Porém, o resultado do confronto na Arena da Amazônia, em Manaus, pode representar, extraoficialmente, a confirmação da vaga. Se vencer, a seleção chegará a 31 pontos. Nunca uma equipe que tenha somado ao menos 30 pontos nas Eliminatórias Sul-Americanas ficou de fora de uma edição do Mundial.

Mudanças na escalação

Para o confronto diante dos uruguaios, o técnico Tite esboçou diversas mudanças em relação ao time que começou a partida contra a Colômbia, no último domingo (10), quando a seleção perdeu os 100% de aproveitamento ao empatar por 0 a 0. O técnico testou a movimentação de duas formações com dez jogadores de linha cada. Se mantiver essa tendência de distribuição, o time titular teria cinco alterações. Primeiro sairiam os defensores Danilo, Marquinhos e Éder Militão [que é ausência certa por conta de uma lesão na coxa direita], substituídos por Emerson Royal, Thiago Silva e Lucas Veríssimo. No gol Alisson daria lugar a Ederson. Enquanto no ataque Gabriel Barbosa perderia a vaga para Raphinha.

O jogador do Leeds, por sinal, foi um dos destaques da equipe nas duas últimas apresentações, diante de Venezuela e Colômbia. Ele tem agradado o técnico Tite, que procura pelos melhores parceiros para Neymar.

Cobrança no Uruguai

Pelo lado do Uruguai, o momento é de cobrança, já que a equipe teve atuação irreconhecível na derrota por 3 a 0 para a Argentina, também no último domingo. Atualmente, a Celeste é a quarta colocada nas Eliminatórias, posição que asseguraria a última das quatro vagas diretas do continente para a Copa de 2022. No entanto, com 16 pontos em 11 jogos, e aproveitamento abaixo de 50% na competição, as performances uruguaias não têm gerado confiança nos torcedores.

Para o duelo com o Brasil, Óscar Tabárez deve promover o retorno do astro Edinson Cavani à equipe titular, para retomar a dupla com Luis Suárez. Por outro lado, ele não contará mais uma vez com Giorgian De Arrascaeta. O jogador do Flamengo se lesionou na partida contra a Colômbia, na última quinta-feira (7).

No primeiro turno, o Brasil foi até Montevidéu e venceu o Uruguai por 2 a 0, gols de Arthur e Richarlison.

Câmara aprova valor fixo para cobrança do ICMS para combustíveis

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Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Agência Brasil – O plenário da Câmara aprovou na noite desta quarta-feira (13) um projeto de lei que estabelece um valor fixo para a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis. A proposta foi aprovada por 392 votos a favor, 71 contra e 2 abstenções. O texto segue agora para análise do Senado.

O substitutivo do relator, deputado Dr Jaziel (PL-CE), obriga estados e o Distrito Federal a especificar a alíquota cobrada do ICMS de cada produto pela unidade de medida adotada (litro, quilo ou volume) e não mais sobre o valor da mercadoria, como ocorre atualmente. A proposta torna, na prática, o ICMS invariável frente a oscilações no preço dos combustíveis e de mudanças do câmbio.

Pelas estimativas apresentadas pelo relator, as mudanças estabelecidas pelo projeto devem levar a uma redução do preço final praticado ao consumidor de, em média, 8% para a gasolina comum, 7% para o etanol hidratado e 3,7% para o diesel B. “A medida colaborará para a simplificação do modelo de exigência do imposto, bem como para uma maior estabilidade nos preços desses produtos”, disse o parlamentar.

Covid-19: o que se sabe sobre a segurança da vacinação em adolescentes?

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Na quinta-feira (16/9), o Ministério da Saúde publicou um documento que está causando bastante polêmica: a portaria voltou atrás na decisão de vacinar todos os adolescentes contra a covid-19 a partir de 15 de setembro.

A proposta agora é oferecer as doses apenas a indivíduos de 12 a 17 anos que tenham deficiência permanente, comorbidades ou estejam privados de liberdade.

O único imunizante aprovado para essa faixa etária no Brasil é a Comirnaty, de Pfizer e BioNTech.

Além de afirmar que a doença costuma ser benigna e sem maiores complicações nessa faixa etária, os representantes do Governo Federal também chamaram a atenção para um possível efeito colateral da vacina da Pfizer: a miocardite, um tipo de inflamação no músculo cardíaco.

A decisão do ministério já teve efeitos práticos: alguns Estados, como Amapá, Minas Gerais e Paraná, suspenderam a vacinação de adolescentes. Outros, como São Paulo, Bahia e Espírito Santo, ignoraram a nova recomendação.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)  soltou um comunicado  dizendo que não há motivos para mudar qualquer recomendação de uso da vacina da Pfizer nos adolescentes.

Até o momento, pelo menos três associações que reúnem médicos especialistas na área também divulgaram notas e posicionamentos criticando a nova portaria do Ministério da Saúde: a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai) reforçaram que a vacina da Pfizer foi aprovada para uso no país com base em dados que comprovam sua segurança e eficácia para adolescentes.

Mas o que motivou a mudança de postura do Ministério da Saúde? E o que efetivamente se sabe sobre a aplicação dos imunizantes que protegem contra a covid-19 nos mais jovens?

As evidências para a aprovação

Como mencionamos lá no início da reportagem, por ora, a única vacina autorizada no Brasil para indivíduos de 12 a 17 anos é a Comirnaty, desenvolvida pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech.

A aprovação, concedida no dia 12 de junho, teve como base um estudo que reuniu 1.972 adolescentes, em que foi detectada uma taxa de eficácia de 100%.

Vale adiantar que, nesta mesma pesquisa, já foram observados casos de miocardite após a vacinação.

Segundo os cálculos (os mesmos usados pelo Ministério da Saúde), foram 16 indivíduos acometidos a cada 1 milhão de vacinados.

No trabalho, a maioria das inflamações cardíacas foi leve, e os acometidos se recuperaram após um tempo curto de tratamento e repouso. Também não foi observado nenhum infarto decorrente dessa complicação.

Com o sinal verde da Anvisa, várias cidades brasileiras anunciaram novos calendários e passaram a oferecer o imunizante da Pfizer para a faixa etária que vai dos 12 aos 17 anos desde o final de agosto.

E, embora os adolescentes não estejam entre os mais afetados pela infecção com o coronavírus, especialistas ouvidos pela BBC News Brasil entendem que levar essa proteção a eles é um passo natural, ainda que seja mais urgente e prioritário garantir a segunda dose aos adultos e dar uma terceira nos grupos vulneráveis.

O pediatra Renato Kfouri, diretor da SBIm, destaca que, mesmo entre pessoas com menos de 18 anos, é preciso criar critérios e dar prioridade a alguns perfis.

“Os jovens com fatores de risco para covid-19, como doenças cardíacas, diabetes e as gestantes já deveriam, inclusive, estar vacinados há algum tempo”, diz.

A nova portaria do Ministério da Saúde diz, inclusive, que a vacinação contra a covid-19 só deve contemplar justamente os adolescentes com comorbidades ou aqueles que tenham deficiência permanente ou estejam privados de liberdade.

Na sequência, “o caminho natural”, avalia Kfouri, seria oferecer as doses aos demais adolescentes, o que deve ser restringido nas próximas semanas, se a decisão do ministério for mantida.

Como surgem os efeitos colaterais?

 De acordo com o site do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos , os sintomas mais comuns que aparecem nos adolescentes após a vacina são dor e vermelhidão no braço, cansaço, dor de cabeça, calafrios, febre e náuseas.

Nem todas as pessoas sentem os incômodos — e, mesmo naquelas que apresentam esses efeitos colaterais, o quadro costuma ser leve e dura poucos dias, de acordo com a entidade americana.

Caso essas manifestações persistam, vale consultar um médico para uma avaliação personalizada e aprofundada.

Mas o fato que tem preocupado muitos pais, ainda mais depois da portaria do Ministério da Saúde, é o risco de miocardite ou pericardite, que são tipos de inflamação que acometem o coração.

Em alguns lugares do mundo, foi observado um aumento na frequência dessa condição entre os mais jovens após o início da vacinação.

“Mas é importante ressaltar mais uma vez que esses casos de inflamação são raríssimos e, a maioria dos casos foi leve e se resolvem rapidamente”, esclarece a médica Denise Garrett, vice-presidente do Instituto Sabin de Vacinas, organização que trabalha com políticas públicas de imunização em vários países do mundo.

 Segundo dados publicados no periódico científico Nature , foram detectados 67 casos de miocardite a cada milhão de meninos de 12 a 17 anos vacinados com a segunda dose. Em meninas, essa taxa ficou em 9 casos por milhão de imunizadas.

No documento divulgado pelo Ministério da Saúde, o cálculo fala numa frequência da complicação ainda menor: de acordo com as estimativas que foram levadas em conta pelos técnicos do Governo Federal, seriam 16 casos de miocardite a cada 1 milhão de indivíduos imunizados com as duas doses.

As autoridades ainda estão estudando se esse problema cardíaco é realmente causado pelos imunizantes ou se uma coisa não tem nada a ver com a outra, diz Garrett.

Ainda de acordo com a especialista, também não se sabe porque homens são mais afetados do que as mulheres.

Mesmo diante dessas investigações, os especialistas garantem que não há motivos para pânico ou para não aplicar as doses nos mais jovens.

Como destaca o próprio site do CDC americano, as vacinas são seguras e eficazes nessa faixa etária e “seus potenciais benefícios superam, de longe, qualquer efeito colateral”.

Em outras palavras, o risco de ter covid-19 e sofrer com suas complicações é bem maior do que a probabilidade de desenvolver uma inflamação cardíaca, mesmo entre os adolescentes.

E ainda há outro detalhe a ser considerado nessa história: a própria infecção pelo coronavírus também aumenta a probabilidade de ter uma miocardite.

 De acordo com um trabalho feito pela Universidade Case Western Reserve, nos Estados Unidos , o risco de jovens sofrerem com uma inflamação cardíaca pela covid-19 é seis vezes maior do que pela vacina.

Vale destacar que essa pesquisa ainda está em pré-print e não foi avaliada por outros especialistas independentes.

O que acontece no Brasil?

Um segundo fator que pode ter influenciado na decisão do Ministério da Saúde foi  a divulgação de um caso de uma adolescente de 16 anos  que mora em São Bernardo do Campo, em São Paulo, e morreu após ser vacinada.

Mas a Anvisa pede muita cautela com essa notícia: não foi estabelecida uma relação causal entre as duas coisas. Em outras palavras, não é possível dizer que a morte foi provocada pelo imunizante e as autoridades estão investigando o que aconteceu efetivamente.

“A Agência já iniciou a avaliação e a comunicação com outras autoridades públicas e adotará todas as ações necessárias para a rápida conclusão da investigação. Entretanto, com os dados disponíveis até o momento, não existem evidências que subsidiem ou demandem alterações nas condições aprovadas para a vacina”, informa a Anvisa, em seu site oficial.

Vale destacar que esse trabalho de investigação é rotineiro e faz parte das atribuições das secretarias municipais e estaduais, além da própria Anvisa: se uma pessoa apresenta uma reação adversa após a vacinação, como a tal da miocardite, por exemplo, o problema precisa ser notificado e avaliado pelos especialistas.

“A Agência ressalta que todas as vacinas autorizadas e distribuídas no Brasil estão sendo monitoradas continuamente pela vigilância diária das notificações de suspeitas de eventos adversos”, continua a nota.

“Os dados gerados pelo avanço do processo vacinal em larga escala são cuidadosamente analisados em conjunto com outras autoridades de saúde. Até o momento, os achados apontam para a manutenção da relação benefício versus risco para todas as vacinas, ou seja, os benefícios da vacinação excedem significativamente os seus potenciais riscos”, finalizam os representantes da Anvisa.

O que diz o Governo Federal

Logo após a publicação da portaria, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga,  deu algumas declarações sobre a questão .

De acordo com seu relato, foram vacinados 3,5 milhões de adolescentes e identificados cerca de 1,5 mil eventos adversos nesse público. Todos os casos foram considerados leves.

Queiroga também criticou as políticas de algumas cidades, que já haviam iniciado a imunização dos mais jovens em agosto, quando a orientação anterior do ministério era que esse público só começasse a receber as doses a partir de 15 de setembro.

“O Ministério da Saúde pode rever a sua posição, desde que haja evidências científicas sólidas em relação à vacinação em adolescentes sem comorbidades. Por enquanto, por uma questão de cautela, nós temos eventos adversos a serem investigados”, afirmou o ministro, durante uma coletiva de imprensa na quinta-feira (16/9).

O que dizem as entidades

Após a mudança de planos do Ministério da Saúde, diversas entidades que reúnem especialistas publicaram pareceres sobre o assunto.

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)  divulgou um comunicado  em que discorda da nova política do Governo Federal e informa que “as justificativas apresentadas não são claras ou não têm sustentação”.

Um argumento do Ministério da Saúde que a SBIm rebate é o suposto fato de a Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomendar a imunização de crianças e adolescentes contra a covid-19.

“A OMS não é contrária à vacinação de adolescentes ‘com ou sem comorbidades’. De acordo com o Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas em Imunização (SAGE, na sigla em inglês) da entidade, as vacinas de mRNA — caso da Pfizer/BionTech — são adequadas para o uso em pessoas acima de 12 anos”, aponta a SBIm.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)  também se manifestou  e disse que “decisões unilaterais não contribuem para a construção de um programa de imunização de sucesso, sendo a confiança um dos principais pilares das ações de vacinação”.

Já a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai)  chamou a atenção para o fato de a vacina da Pfizer ter aprovação da Anvisa para ser usada em adolescentes :

“O registro sanitário de um produto imunobiológico é a demonstração documentada de sua segurança, eficácia e qualidade. Portanto, antes da concessão do registro sanitário, é realizada avaliação criteriosa de um conjunto de documentos relacionados a estudos clínicos e de estabilidade, processos e procedimentos de fabricação e controle de qualidade, modelo de bula e rotulagem, além da verificação do cumprimento das boas práticas de fabricação”, afirma a entidade.

Por fim, os conselhos municipais e estaduais de secretários da Saúde, o Conasems e o Conass, respectivamente, declararam que a decisão foi tomada “sem respaldo científico”.

“Enquanto executores desta importante política pública, Conass e Conasems, baseados nos atuais conhecimentos científicos, defendem a continuidade da vacinação para a devida proteção da população jovem, sem desconsiderar a necessidade de priorizar neste momento dentre os adolescentes, aqueles com comorbidade, deficiência permanente e em situação de vulnerabilidade”, defendem as entidades.

O que diz a Pfizer

A responsável pela vacina também se manifestou sobre a questão.

Em nota divulgada à imprensa, a farmacêutica diz estar “ciente de relatos raros de miocardite e pericardite, além de outros possíveis eventos adversos, após a aplicação da vacina” e que “leva o acompanhamento e monitoramento desses casos muito a sério”.

A empresa também afirma estar investigando o caso da adolescente que morreu após ser vacinada.

“Especificamente sobre o caso de óbito em São Bernardo do Campo, a companhia está acompanhando, mas, até o momento, não foi estabelecida uma relação causal entre o ocorrido e o imunizante da Pfizer”.

A farmacêutica conclui dizendo que “a definição da utilização e da disponibilização da vacina no Brasil é feita com base em critérios de recomendação do Programa Nacional de Imunizações (PNI)” e que o produto está autorizado “pelas agências regulatórias de saúde dos Estados Unidos e da União Europeia, além de países como Reino Unido, canadá, Chile, Uruguai, Israel, Dubai, Hong Kong, Filipinas, Cingapura e Japão”.

Pontos a favor da vacinação dos jovens

Para Garrett, existem pelo menos quatro motivos principais que justificam a imunização da turma de 12 a 17 anos.

“Em primeiro lugar, por mais que a gente saiba que as crianças com covid-19 evoluam muito melhor e se recuperem, temos algumas que ficam muito doentes e acabam hospitalizadas”, pontua a especialista, que destaca o aumento de casos e internações pela doença entre os mais jovens nos últimos meses.

Segundo ponto: a história desse coronavírus ainda está sendo escrita e não se sabe tudo sobre ele e as possíveis repercussões futuras à saúde.

Os quadros de covid longa, por exemplo, ainda são um grande mistério e a medicina não tem ideia de quanto tempo eles podem durar ou como vão evoluir pelos próximos anos.

Terceiro, por mais que crianças e adolescentes tenham quadros menos severos de covid-19, eles podem transmitir o vírus para contatos próximos.

A vacinação, portanto, ajudaria a bloquear um pouco essa transmissão comunitária do coronavírus.

“Por fim, uma última razão em prol do argumento de vacinar os mais jovens é manter as escolas abertas. Nós precisamos fazer de tudo para que esse ambiente seja seguro e a educação seja retomada”, completa a médica.

Pontos contra

Apesar de a imunização das idades mais tenras fazer sentido e parecer um caminho natural, os especialistas também entendem que há alguns fatores que desencorajam esse avanço no momento atual (que não tem nada a ver com os eventos adversos, diga-se).

O primeiro deles é uma eventual falta de estoque para cobrir outras demandas mais urgentes, como a garantia da segunda dose de toda a população adulta e a terceira dose nos grupos mais vulneráveis, como idosos e imunossuprimidos (portadores de HIV, recém-transplantados, pacientes em tratamento de câncer, entre outros).

“Não há dúvida de que a nossa meta com a vacinação agora é reduzir os casos graves, as hospitalizações e as mortes. A proteção de adolescentes deve acontecer se tivermos vacinas suficientes para cumprir os demais objetivos”, entende Kfouri.

Garrett concorda e reforça que a palavra de ordem é priorização. “Como não temos um quantitativo suficiente para cobrir toda a população, precisamos pensar em estratégias capazes de resguardar aqueles que são mais vulneráveis à covid-19”, diz.

O segundo argumento que pesa contra a vacinação de adolescentes tem um componente moral e ético: será que é justo os países mais ricos vacinarem os cidadãos mais jovens enquanto profissionais da saúde e idosos das nações mais pobres sequer receberam suas doses?

Em maio, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, chegou a dizer que os lugares mais desenvolvidos estão protegendo suas crianças “às custas dos grupos de alto risco de outros locais”.

Nesse caso, assim como aconteceu com os apelos contrários à aplicação de uma terceira dose e à adoção dos passaportes da imunidade, o posicionamento da OMS e de outras instituições internacionais pouco influenciou a decisão dos países mais ricos sobre a condução das campanhas nacionais de vacinação contra covid-19.

Comida, gasolina, conta de luz: por que está tudo tão caro no Brasil?

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Comida, gasolina, a conta de luz. Tudo está mais caro no Brasil.

Em agosto, mais uma vez, a inflação oficial do país veio acima do esperado. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, medido pelo IBGE, acelerou para 9,68% no acumulado em 12 meses, levando  a uma onda de revisões entre os economistas .

Nesta segunda-feira (13/9), o Boletim Focus do Banco Central, que colhe estimativas entre dezenas de consultorias e instituições financeiras, registrou a 23ª alta consecutiva da mediana das projeções para o IPCA no fim de 2021, que agora está em 8%.

O aumento generalizado de preços é um produto de diferentes causas, muitas delas combinadas. A BBC News Brasil explora algumas por meio da trajetória dos três elementos que mais têm empurrado a inflação para cima nos últimos meses: combustíveis, alimentos e energia elétrica.

O efeito cascata da gasolina

O preço médio da gasolina comum no país chegou a R$ 6 na semana até 11 de setembro, conforme os dados mais recentes da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O preço máximo, ainda de acordo com a base, passa de R$ 7 em alguns locais.

O preço dos combustíveis no Brasil segue o comportamento dos preços lá fora. Desde 2016, a Petrobras se orienta pelo Preço de Paridade Internacional (PPI), que leva em consideração a cotação do barril de petróleo e o câmbio. Assim, esses dois fatores explicam boa parte do aumento dos combustíveis nos últimos meses.

O preço do barril de petróleo vem em uma sequência de alta forte desde o início deste ano. De um lado, por conta da maior demanda, depois da abertura de muitos países que começaram a vacinar contra a covid. De outro, por conta da própria dinâmica da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep).

Ela concentra cerca de 40% da produção global da commodity e às vezes segura os estoques para valorizar o barril. Em julho, a organização comunicou que voltaria a ampliar gradativamente a oferta, dado o crescimento expressivo dos preços neste ano.

Como a cotação é feita na moeda americana, o dólar também tem impacto direto — e o real segue perdendo valor.

De forma resumida, a forte desvalorização do real é reflexo de fatores externos, como a expectativa de crescimento dos Estados Unidos e de aumento dos juros no país, mas também da forte instabilidade interna que o Brasil atravessa.

Os conflitos do presidente Jair Bolsonaro com os demais poderes e a antecipação do debate sobre as eleições de 2022 têm contribuído para construir um ambiente de incerteza que afasta investidores, que preferem levar seus dólares para mercados mais seguros.

De volta aos combustíveis, o impacto do aumento vai bem além de quem precisa encher o tanque. O efeito cascata pressiona custos como o do transporte público e do frete, com reflexo sobre os preços de uma miríade de produtos.

Conta salgada também no supermercado

Inclusive nos preços dos alimentos, que também vêm numa trajetória de alta há meses.

Neste caso, mais uma vez o dólar influencia, e com um duplo efeito. Como as commodities agrícolas — milho, açúcar, carne, café, trigo, laranja — são cotadas em dólar, sempre que ele sobe, o preço delas em real tende a subir também.

Em paralelo, o dólar alto incentiva o produtor a exportar em vez de vender para o mercado interno. Isso reduz a oferta doméstica e também ajuda a empurrar os preços para cima.

Aos dois fatores se soma um outro que tem contribuído para diminuir a disponibilidade interna de alimentos: a seca histórica que afetou o Sudeste e o Centro-Oeste.

O milho e a soja, por exemplo, têm uma espécie de efeito cadeia. Eles são matéria-prima para a ração usada na indústria de aves, suínos e bovinos — ou seja, também pressionam o preço das carnes.

O açúcar, por sua vez, é matéria-prima para a produção do etanol — que também é usado na composição da gasolina vendida nos postos.

Mais cara e mais escassa

Para além dos alimentos, a seca também ajuda a explicar o aumento da energia elétrica. Com a redução dos níveis dos reservatórios em hidrelétricas importantes neste ano, foi preciso acionar usinas termelétricas, movidas a gás natural, óleo diesel, biomassa e carvão, para compensar a redução da oferta pelas hidrelétricas e, mais recentemente, importar energia de vizinhos como Argentina e Uruguai.

A energia termelétrica não é apenas mais poluente, é também mais cara, daí a razão porque a conta de energia tem vindo com um adicional, a bandeira escassez hídrica, anunciada pelo governo no último dia 31 de agosto.

Até então, o maior valor previsto pelo sistema de bandeiras tarifárias era a bandeira vermelha patamar 2, que estava vigente. A bandeira escassez hídrica vai ser cobrada pelo menos até abril do próximo ano, adicionando R$ 14,20 às contas de luz a cada 100kW/h consumidos. O valor é cerca de 49% maior que o da bandeira vermelha patamar 2, que previa pagamento extra de R$ 9,49 a cada 100kW/h.

Em paralelo, a situação crítica dos reservatórios acendeu um  debate sobre os riscos de apagão e de racionamento  — e a demora do governo para reagir.

Desde maio, quando o cenário de restrição de chuvas começou a ficar mais claro, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, tem repetido que não existe possibilidade de apagões e racionamento no país. No fim de agosto, quando anunciou a bandeira mais cara, o governo lançou um programa para redução voluntária do consumo de energia.

Dias antes, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informara que, a partir de outubro, a geração seria insuficiente para fazer frente à demanda, sendo necessário aumentar o nível de importação e acionamento de térmicas para evitar apagões.

Mais inflação, menos crescimento

Ao contrário de outros ciclos inflacionários pelos quais o Brasil passou, este não é puxado por uma alta da demanda por parte dos brasileiros, mas por choques do lado da oferta — a seca, o dólar, o petróleo, etc.

De forma geral, os choques causam um aumento de preços temporário e se dissipam. Desta vez, contudo, eles têm sido persistentes e vêm contaminando outros preços, como observou o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco Lima Gonçalves. Em relatório enviado a clientes, ele avalia que a inflação, que até o início da pandemia vinha em uma trajetória benigna, “mudou de patamar”.

Como resultado, o Banco Central vem apertando cada vez mais os juros. A Selic mais alta eleva o custo do crédito e contribui para reduzir ainda mais a demanda e desacelerar a economia.

É por isso que, em paralelo às revisões das estimativas para a inflação,  os economistas também estão revendo para baixo suas previsões para o PIB  (Produto Interno Bruto) de 2022. Entre as casas que reduziram as projeções nesta semana estão J.P.Morgan, de 1,5% para 0,9%; Itaú, de 1,5% para 0,5% e XP, de 1,7% para 1,3%.

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