A volta às aulas é um período de reencontros, despedidas e novas adaptações. Por isso, o momento de acolhimento do aluno e da família é primordial. No Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) João Serafim de Lima, no bairro Parque Ipê, o início do ano letivo foi marcado pela presença das famílias nesta segunda-feira (19). A unidade funciona em tempo integral e atende crianças de 2 a 5 anos.
De acordo com a diretora interina da unidade escolar, Adriana França, o período de adaptação da criança foi priorizado no planejamento da unidade escolar.
“Esta primeira semana vamos fazer o acolhimento, que é o momento da criança conhecer a professora e isso pode ser acompanhado pelos pais. Vamos fazer as entrevistas para saber como funciona a rotina da criança fora da escola, horário de sono, alimentação e algumas especificidades, porque é importante que a professora conheça também essa criança fora da escola para ajudá-la nesse processo de adaptação”, ressaltou.
Ainda sobre o processo de adaptação, a diretora destacou que a presença dos pais é essencial para a criança estabelecer uma relação de confiança. Inicialmente o aluno começa a frequentar a escola em um período reduzido.
“A medida que a criança vai confiando nesses novos adultos, nessa professora, nas auxiliares e a criança vai ficando bem, então a família vai se afastando gradativamente. Às vezes, alguns pais ficam ansiosos para deixar logo a criança na escola o tempo todo, ou o dia todo, ou a manhã toda. Mas a gente precisa entender que a criança necessita de um tempo para se sentir bem nesse novo espaço e ficar aqui sem sofrimento, porque a gente não acredita que a criança deve sofrer nesse processo de adaptação a esse novo espaço”, explica a diretora.
O pai, a mãe e a irmã mais velha das gêmeas Ana Laura Soares e Ana Clara Soares, de apenas dois anos, participaram deste momento de introdução à vida escolar. As boas vindas foram dadas pela professora.
A mãe das gêmeas, Roberlene Soares, diz que por ser a primeira vez que elas são matriculadas em uma escola, fica a curiosidade e a preocupação quanto ao comportamento das filhas.
“O coração de mãe fica meio apertado, mas sei que é preciso que elas estejam interagindo, se comunicando. É uma novidade e mudança de rotina. Sou aquela mãe coruja, vou estar sempre acompanhando o desenvolvimento delas e como fomos bem recepcionadas, acredito que vai dar certo”, relata.
O corretor de imóveis, Durval Couto, pai da pequena Açucena Couto de 4 anos, considera que o momento é de alegria.
“A gente fica muito feliz em saber que a nossa filha está num local bem seguro, que a gente fica despreocupado enquanto trabalha. Como a mãe dela é professora e trabalha na escola, a preocupação é menor ainda. É muito bom ter uma creche pra deixar nossos filhos e poder trabalhar com mais tranquilidade”, observa.
Para auxiliar os pais neste momento de adaptação, a escola criou um cantinho de desabafo, onde os pais podem anotar bilhetes sobre os seus sentimentos e expectativas para o ano letivo dos filhos.