Cerca de 30 casais de detentos participaram de uma cerimônia coletiva de casamento nesta terça-feira (28), no conjunto penal de Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia. Os casais tiveram direito a dia de noiva, ornamentação, juiz de paz e a tradicional marcha nupcial.
A celebração foi realizada pelo Projeto ”Amor, fonte transformadora do destino”, criado em 2022 pela corregedoria da Bahia em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP).
Por estar cumprindo pena, o sonho do casamento foi adiado muitas vezes na vida de Romilson Neto. Em um misto de nervosismo e alegria o noivo quase não acredita que finalmente chegou o grande dia.
”Sempre esperei esse momento acontecer na minha vida e hoje agradeço a Deus por essa oportunidade que ele me deu”, disse Romilson.
Desde que o projeto começou, as cerimônias já foram realizadas nas cidades de Barreiras, Valença, Eunápolis. O casamento em Vitória da Conquista foi o maior deles, tanto em número de casais, com 28 casados, quanto tamanho da estrutura e convidados.
Segundo o secretário da Seap, José Antônio Maia, a iniciativa deve ser realizada em outras unidades penais do estado.
”É um projeto que surgiu na corregedoria, nós abraçamos para dar continuidade e vamos estender para outras unidades da Bahia”, declarou.
Segundo José Edvaldo Rotondano, desembargador da corregedoria estadual e responsável por instituir o projeto, os casamentos coletivos são uma forma de elogiar a família e mostrar para as pessoas privadas de liberdade que o poder judiciário se importa com elas.
”Um casamento é uma solenidade formal e como tal é preciso que se ajuste tudo para que as pessoas se sintam acolhidas, independente se é realizado em um conjunto penal”, disse.
O casamento contou ainda com a presença da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que de acordo com foram responsáveis por construir contato com as famílias, recolher os documentos, levar ao cartório e promover a habilitação oficial do casamento.
Fonte G1 Bahia