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‘Impactou na moradia e alimentação’, diz estudante de universidade federal na BA sobre bloqueio de verbas das instituições

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“O corte da bolsa impactou na minha moradia e na minha alimentação”, desabafou a estudante de pós-graduação Fernanda Welter Adams. Ela é uma das 3 mil bolsistas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) na Bahia que foi impactada pelo bloqueio de verbas de universidades e institutos federais.

Conforme relatado pelos estudantes, a bolsa da Capes está atrasada devido a esse bloqueio de verbas.

“Esávamos esperando o pagamento ontem, no dia 7, e recebemos uma notificação da Capes informando que isso não poderia ser feito. Foi de susrpresa, é um momento de angústia para mim e todos colegas bolsistas”, completou Fernanda Welter.

Em todo o Brasil, o número de impactados chega a 200 mil. Com o não pagamento das bolsas, os pesquisadores estão apreensivos sobre como irão quitar as contas do mês. Marlon Araújo, mestrando em antropologia pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), explicou que está buscando trabalhos informais para conseguir ajudar a família.

“Ser um pesquisador com bolsa significa que você não pode ter vínculo de emprego. Com isso, a bolsa fica destinada ao custeio da pesquisa, mas também para a manutenção da vida do pesquisador”, explicou.

Por causa desta situação, estudantes protestaram em frente a Reitoria da Ufba, no bairro do Canela, em Salvador, nesta quinta (8). Na terça-feira (6), a universidade informou que teve novo bloqueio de recursos no valor de R$ 6,6 milhões. Disse ainda que a instituição vai encerrar 2022 com o menor orçamento desde 2014.

Apesa da situação, a Administração Central da Ufba assegurou que vai seguir priorizando os pagamentos mais essenciais, como auxílios e benefícios da Assistência Estudantil. Contudo, neste momento será possível arcar apenas com aqueles relacionados a moradia e alimentação, que estão garantidos até dezembro deste ano.

Os estudantes da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia também foram impactados pelo bloqueio de verbas. Cerca de 2,8 mil estão com o auxílio estudantil atrasado e os alunos reclamam sobre as dificuldades de custear a moradia a alimentação.

“Essas bolsas servem para pagar nossas cantas, como a alimentação, aluguel e até o transporte. Muitos estudantes não conseguem vir para a faculdade sem esse dinheiro”, lamentou Camila Borges, estudante da Ufrb em Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador.

Nesta quinta, a universidade informou, por meio de nota, que R$ 800 mil foram liberados pelo Governo Federal. Esse valor será voltado para os pagamentos do auxílio estudantil. A previsão é que os alunos recebam o benefício entre sábado (10) e segunda-feira (12)

Na universidade, cerca de R$ 2 milhões foram bloqueados, conforme explicou o pró-reitor de planejamento da instituição, Joaquim Ramos. Despesas como insumos para aulas, manutenção de equipamentos para laboratórios e medicamentos para o hospital veterinário já foram cortadas do planejamento.

“A edição do decreto 11269 zerou o limite financeiro do MEC e, consequentemente, o limite financeiro da universidade. Isso significa que nós não conseguimos pagar até agora nenhuma despesa referente ao mês de dezembro”, afirmou Joaquim Ramos.

Fonte G1 Bahia

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